
Genza da Neuza,
Fikadika para o senhor que é um típico paulista e corre para as praias nas férias de julho. Ou para a senhora que já começou um regiminho esperto desde maio para não passar vergonha nas areias nordestinas ou cariocas. Alor? Não vamos pagar mico, galere! A seguir, oito dicas para você parecer "menos paulista" nas praias. Porque paulista que é paulista, tipo assim, toma sol em beira de piscina e joga bola no asfalto, mané!
Paulista leva a casa para a praia:nós chegamos na orla equipados de celular, Ipod, cadeiras (porque homem paulista não põe a bunda na areia), toalhas, esteira, 11 tipos de protetores solar, geladeira com a cerveja, brinquedos das crianças, cartas para jogar truco, bola de futebol, raquetes diversas, bóias e, em alguns casos, o cachorro.
Paulista adora uma fila:seja para comer, tomar sorvete e, a mais famosa em cidades no litoral, comprar o pãozinho matinal, ficar de 30 a 90 minutos na fila parece ser o máximo de divertimento para nós.
Paulista geralmente começa o verão branco e termina vermelho:isso quando não volta com manchas brancas em pedaços do corpo devido ao excesso de protetor solar. Paulista joga frescobol com bola de tênis: é sério isso. Bola de borracha, nem pensar, mesmo porque quando cai no mar é impossível de se achar.
Paulista consome muito:do camarãozinho no espeto que há 3 dias está tomando sol na barraquinha a "lindíssimas" estatuetas feita de côco e conchas, passando por esteiras de palha e colares hippies, nós compramos de tudo. Só que regateamos o preço, porque sabemos que aquela rede que começa custando R$ 300 vai ser comprada por R$ 25.
Paulista fica estressado até o terceiro dia de féria:é praticamente impossível para o turista de São Paulo relaxar e esquecer o escritório nos três primeiros dias de descanso. Depois ele começa lentamente a relaxar e pensar em alternativas ao trabalho como montar uma pousada na praia ou vender sanduíche natural na areia. No penúltimo dia de férias começa a ficar deprimido porque a folga está acabando e dali a alguns dias tem que pegar no batente de novo.
Paulista viaja no feriado só para se estressar na volta:especialmente no verão, nós adoramos levar cinco horas para rodar 120 km, descansar uns dias, aproveitar até o último minuto de sol na praia para assim enfrentar umas sete horas de congestionamento na volta da capital. Adivinha o resultado? E isso é válido para Campos do Jordão no inverno também.
Paulista vai para a praia e depois reclama da areia no pé:e nesse processo doloroso toca levar minutos preciosos batendo desesperadamente com a toalha no pisante para ver se fica impecavelmente limpo. Isso sem contar uma mania que assusta nossos irmãos cariocas: nós vamos até a beira da água de chinelo e depois tiramos para entrar no mar.
Paulista não deixa de ser paulista em cidades no nordeste ou no Rio de Janeiro:ou seja, precisamos achar urgentemente um shopping (de preferência com cinema). Se tiver todas as regalias em um resort que evite que nos desloquemos para paragens distantes, melhor ainda.Paulista vai para o Rio de Janeiro e acha que o Corcovado e o Pão de Açúcar são a mesma montanha: apesar de loucos por mapas, guias e agora pelo GPS, os turistas paulistas ainda hoje fazem a confusão. E os cariocas se divertem!